sexta-feira, 25 de maio de 2012

Bolivianos são comunidade estrangeira que mais cresce em São Paulo

  O Ministério da Justiça brasileira cadastrou, entre 2009 e o primeiro semestre de 2011, 44.878 estrangeiros para receber a anistia. Destes, regularizaram a permanência no Brasil 18.004 bolivianos.
estimativa é de que, atualmente, existam mais de 350 mil bolivianos em todo o país. Deste total, 75% estão em São Paulo. Os números mostram que os bolivianos são, hoje, a comunidade que mais cresce no estado.
  O motivo da vinda deles para o Brasil, e mais especificamente para São Paulo, é muito simples: emprego. A situação na Bolívia não é boa. Diversos países sul-americanos estão em crescimento econômico e com desenvolvimento bom, mas a Bolívia está em uma situação difícil, com um governo bastante difícil de prever o que vai acontecer. Então os bolivianos, mais que outros países sul-americanos, acabam procurando as duas coisas quando chegam no Brasil: emprego e um pouco mais de segurança política.
  Muitos bolivianos acabam vindo para o Brasil de forma clandestina e perdendo o contato com a própria comunidade, ficando vulnerável à exploração. Acabam trancados, trabalhando e dormindo no mesmo lugar, em situação de escravidão. Esse é o grande problema, eles acabam não tendo acesso nem a comunidades bolivianas. E, se não tem algum tipo de fiscalização, a tendência deles é virar fantasmas, pessoas que não existem para o mundo. Perdem contato com a família, com o mundo.
  O consulado faz campanhas em rádios, por meio de cartazes e distribuímos folhetos em feiras de grande concentração de bolivianos. A Bolívia faz a sua parte para conscientizar os seus cidadãos. Além do ramo têxtil, há empregos no setor de serviços, empregos em supermercados.
  Parte da clandestinidade, segundo especialistas, ocorria até pouco tempo por causa da burocracia que esses estrangeiros encontravam para conseguir o visto. Esse quadro começou a mudar no final de julho, quando foi publicado no Diário Oficial da União o decreto do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, autorizando a criação da portaria 1.700, anexada à lei da anistia (11.961/09). O objetivo do decreto foi agilizar a entrega de documentos aos estrangeiros que desejam regularizar sua situação no Brasil e obter o visto permanente.
  Com a medida, os imigrantes que não possuírem todos os documentos solicitados pelo ministério por meio da Polícia Federal podem escrever uma carta, de próprio punho, e levá-la até o cartório mais próximo de sua residência para reconhecer firma. O documento deve especificar que o interessado tem renda fixa, com cadastro no INSS; que não possui antecedentes criminais – tanto no Brasil quanto em seu país de origem; e que não se ausentou do território brasileiro nos últimos dois anos. A carta substitui uma lista de documentos que incluem carteira assinada, declaração de Imposto de Renda e registro ativo em conselho profissional no Brasil. A documentação deve ser entregue em qualquer posto da Polícia Federal.
  A medida é importante, porém, contém falhas. Na portaria, em nenhum momento se fala que os documentos têm de ter autenticidade. Na própria Polícia Federal, há funcionários que desconhecem a existência da portaria.
  O centro de atendimento, que fica no Pari, região central de São Paulo, chega a receber entre 50 e 60 imigrantes diariamente em busca de informações sobre a documentação necessária para obter a anistia. A maior dificuldade dos imigrantes é conseguir comprovar que trabalham e que possuem renda.  O órgão pede registro em carteira, holerite com tempo de seis meses, muitos imigrantes que estão aqui trabalhando não são contratados formalmente.
 

segunda-feira, 26 de março de 2012

Feira da Bolivia - Bairro do Pari

 É uma feira livre em duas ruas que cercam uma praça, com cerca de 80 barracas, ponto de encontro aos domingos de centenas (ou milhares??) de bolivianos que moram na cidade.
Nas barraquinhas, é possível comprar artesanatos coloridos, produtos alimentícios (milho, quinoa, batatas de variedades curiosas, chá de coca, pimentas, pães e uma infinidade de outros itens.
 Um som ambiente mescla grupos folclóricos com música ao vivo e som de alto falantes com CDs de músicas típicas.




















Todo último domingo do mês, eles se reúnem na praça para realizar a missa e para realizar a apresentação de um grupo de folclore chamado Kututa Bolívia. No último domingo (25), houve eleição do novo presidente da praça, apresentação do Grupo Unian Tropicale, que é formado por 40 integrantes.
















CULINÁRIA


 Esta é a barraca da D. Maritza, uma boliviana que veio para o Brasil com o pai e a família. O pai tinha um emprego estável no Brasil e trouxe a família em busca de uma melhor qualidade de vida. Na barraca, encontramos Locoto, Salsa, Pimenta seca, batata seca branca, batata seca preta, suco de mocochinchi, e mais de 30 variedades de milho.





Locoto, uma pimenta muito usada para pratos muito apimentados. Muito usada nos pratos: Santenha, Salta de Pollo, Aji de Lengua, Saisi e Fricassé.
Pimenta Seca, bastante usada para fazer a base dos pratos apimentados.
Batata seca branca, vai de acompanhamento nos pratos típicos de frango.
Batata seca preta, usada para colocar nas sopas; e ao lado, um tipo de milho.




Chá da Folha de Coca,

Variedades de milhos

Salgados típicos

Bolachas,

Pães de milho



sexta-feira, 23 de março de 2012

Erradicação da Coca




   Os supermercados bolivianos vendem normalmente folhas de coca, que podem ser mastigadas ou utilizadas na preparação de chás, cujo consumo alivia os efeitos da altitute no corpo ( tonturas, dor de cabeça e falta de ar). É uma ajuda fundamental para habitantes do país que vivem acima dos 3 mil metros de altitude. Outros produtos feitos com a planta são biscoitos, refrigerante, remédios e cosméticos.
  A coca, arbusto cultivado no Peru, na Bolívia e na Colômbia, tem usos ligados às tradições das comunidades índigenas dos Andes. Isso nada tem a ver com o tráfico internacional de drogas, que utiliza a folha como matéria-prima para a produção de cocaína. Para as populações andinas, a coca faz parte da rituais e serve de estimulante e de alimento, numa região em que a altitude e o clima frio dificultam o cultivo de muitas plantas.
  Uma convenção da ONU de 1961 reconheceu os usos tradicionais da coca, mas ao mesmo tempo estabeleceu prazo de 25 anos para que os país produtores e consumidores eleminassem o hábito de mascar as folhas. O governo de Evo Morales defente o combate ao narcotráfico, ao lado de uma campanha internacional para descriminalizar a folha de coca para uso medicinal e tradicional.

Inflação

    As eleições de 1985 trazem de volta Paz Estenssoro, que enfrenta os sindicatos e adota um pacote recessivo. O plano, imposto pelo FMI, derruba a inflação. Nas eleições de 1989, nenhum candidato obtém maioria, e o Congresso escolhe como presidente Jaime Paz Zamora. O autor do plano contra a inflação, Gonzalo Sánchez de Lozada, do Movimento Nacionalista Revolucionário, chega à Presidência em 1993. Seu governo é marcado por conflitos com os camponeses, em virtude da política de erradicação do cultivo de coca e com a COB, por causa das privatizações. Em 1996, a Bolívia acerta a construção de gasoduto para transportar gás natural ao Brasil. Hugo Bánzer retorna ao poder no pleito de 1997 e pressegue com a política de austeridade, contra a qual ocorrem greves e manifestações em 1998 e 1999.

Golpes de Estado

  Um golpe militar em 1964 leva à presidência o general René Barrientos. Após a morte dele, em 1969, o país mergulha na instabilidade.
  Em 1971, o general Hugo Bánzer Suárez assume o governo, suspende as eleições e bane os sindicatos e os partidos políticos. Sua renúncia, em 1978, abre novo período de golpes.
  Em 1980, Hernán Siles Zuazo, de centro- esquerda, elege-se presidente, mas um golpe instala no poder o general Luis García Meza. Acusado de ligações com o narcotráfico, Meza é deposto em 1981. Em 1982, os generais entregam i poder a Siles Zuazo.

Revolução de 1952

 Um levante revolucionário em 1952 coloca no poder o presidente eleito no ano anterior, Víctor Paz Estenssoro, cuja posse havia sido impedida pelos militares. A reforma agrária e a nacionalização das minas, decididas em seu governo, provocam boicate internacional ao estanho boliviano. É instituido o sufrágio universal, o que possibilita aos índigenas votar pela primeira vez no país. Sindicatos se organizaram na poderosa Central Operária Boliviana.

Antigos Conflitos

Houve três conflitos:
O primeiro foi em 1879 e terminou em 1884, onde a nação perdeu para o Chile seu acesso ao oceano Pacífico.
Em 1903 é encerrado o conflito com os seringueiros brasileiros ao vender ao Brasil o atual estado do Acre.
E por ultimo, a descoberta de petróleo no sudeste provoca a Guerra do Chaco (1903/1935), e a Bolívia perde o território para o Paraguai.